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terça-feira, 25 de maio de 2010

Marketing Estratégico


Os forasteiros chegaram ao topo. Com a compra da Agre, os banqueiros da Vinci - comandada pelo ex-sócio do Pactual Gilberto Sayão - superaram construtoras tradicionais e tornaram a PDG líder do setor


Para o executivo José Antonio Grabowsky, presidente da incorporadora PDG, e seu diretor financeiro, Michel Wurman, a segunda-feira 3 de maio começou cedo. Às 7 e meia da manhã, os dois embarcaram no Rio de Janeiro, onde fica a sede da empresa, para uma reunião em São Paulo. Do outro lado da mesa estariam o espanhol Enrique Bañuelos, maior acionista da concorrente Agre, e seus três sócios. Ao longo do dia, esses seis executivos concluiriam um negócio que fora discutido intensamente nas duas semanas anteriores - a compra da Agre pela PDG por meio de uma troca de ações avaliada em 2,3 bilhões de reais. Às 22h30, depois de todos os detalhes jurídicos acertados, um grupo de 15 pessoas - entre advogados e executivos - seguiu para um jantar no restaurante Gero, nos Jardins. Foi uma comemoração discreta diante da magnitude do negócio. A compra da Agre pela PDG deu origem à maior empresa imobiliária do Brasil, com vendas conjuntas de 4,2 bilhões de reais em 2009 - 200 milhões a mais que a líder histórica Cyrela, há quase cinco décadas no ramo e controlada pelo empresário Elie Horn (veja quadro ao lado). "Depois do jantar, ainda atendi a telefonemas de investidores até as 3 horas da manhã seguinte", diz Wurman, que acumula a diretoria de relações com investidores da PDG.
Até pouco tempo atrás, a PDG era uma candidata improvável à liderança. A empresa nasceu há sete anos, quando o PCP, braço de investimentos do banco Pactual liderado por seu então sócio Gilberto Sayão, passou a investir no setor imobiliário. Nem o Pactual nem Sayão tinham qualquer experiência nesse mercado - mas os banqueiros farejaram, na ocasião, as chances de ganhar dinheiro num setor com enorme demanda reprimida. A escalada por meio de aquisições, comandada por Grabowsky e Wurman (ambos ex-executivos do Pactual), começou em 2006, com a compra da incorporadora paulista Goldfarb. Após adquirir participações em outras seis empresas do setor, a PDG saiu da mais absoluta irrelevância para assumir a quarta posição entre as maiores do mercado por vendas em 2009. "Quando fizemos o IPO, em 2007, diziam que um negócio tocado por quem não sabia nem assentar um tijolo jamais pararia em pé", diz um sócio da PDG. "No entanto, aqui estamos nós."


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Postado por Letícia Oliveira

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